quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Os famosos e a Cabala

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Foi-se o tempo em que a cabala (pronuncia-se cabalá) era conhecida pelos brasileiros apenas como a filosofia de vida de superestrelas como Madonna, Demi Moore e Naomi Campbell. Nos últimos anos a prática tem ganhado cada vez mais adeptos brasileiros. A procura por cursos, por exemplo, dobrou entre 2010 e 2011 em todos os cinco grandes centros de estudo de cabala ouvidos por ISTOÉ. Multiplicam-se as correntes do ensino milenar judaico e, com elas, ampliam-se as opções para quem quer segui-la. “Não estamos dando conta da demanda”, diz Yonatan Shani, representante do Kabbalah Centre no Brasil, um dos maiores do País. “Não temos professores para atender à quantidade de alunos que querem se inscrever.” Espelhando um movimento que se viu em torno da cabala em países como os Estados Unidos e a Inglaterra, os famosos, em especial, têm mostrado cada vez mais interesse pela prática por aqui.

“Independentemente da profissão, quem é famoso tem o ego estimulado constantemente”, diz o cantor e compositor Paulo Ricardo, 48 anos, que estudou com o mestre Shmuel Lemle, da Casa da Kabbalah, no Rio de Janeiro, e hoje pratica a disciplina sozinho. “E o ego, para a cabala, é uma espécie de Satã, a origem de todos os males”, explica. Aprender a administrar o ego para que a luz da vida se manifeste com toda força é um dos principais objetivos da cabala (leia quadro na página 70). Essa característica, de vilanizar o ego e propor uma espécie de controle dele, explica o crescente interesse pela disciplina entre as celebridades, mesmo as que não são chegadas aos holofotes. É o caso da discreta Bia Antony, mulher de Ronaldo Nazário, o Fenômeno, praticante da vertente mais popular da cabala, ensinada no Kabbalah Centre. Ronaldo também tem dado sinais de que aderiu. Ele já foi visto, em diversas ocasiões, com a tradicional pulseirinha vermelha, símbolo de compromisso com a causa e amuleto contra o olho gordo. Não se sabe, porém, se ele é tão dedicado quanto Bia, que diz ler a “Torá”, o livro sagrado dos judeus, diariamente e, sempre que pode, cumprir o shabat, dia reservado exclusivamente à fé – começa no pôr do sol da sexta-feira e vai até o pôr do sol do sábado.

No ano passado, Bia foi com as filhas e com a mãe para Israel, onde visitou vários lugares sagrados em uma espécie de “imersão espiritual”. Essa mesma viagem já foi feita inúmeras vezes pelo ator Ashton Kutcher, amigo do casal fenomenal. Quando ele e sua mulher, Demi Moore, ambos adeptos da cabala, vieram ao Brasil no início do ano, Bia Antony abriu sua casa para a dupla. “Se não fossem da cabala, não receberia”, disse, numa rara entrevista à revista “Vogue”. A vinda deles aproximou da cabala outro casal famoso, Luciano Huck e Angélica, que recebeu as estrelas hollywoodianas, na casa deles em Angra dos Reis (RJ). Eles chegaram a convocar Yonatan Shani, do Kabbalah Centre, em São Paulo, para dar uma palestra sobre o assunto no Rio de Janeiro. “Estudei várias religiões e filosofias, como budismo, catolicismo, cabala, judaísmo e peguei o melhor de cada uma para me fortalecer. No fim, Deus é quem manda”, resumiu, recentemente, Angélica.


Fonte:  Isto è gente Agradecimentos: Leonardo

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